Andras Atlason - Havið sang (Official Video)
“Havið sang“ (“The sea has sung“) is a musical setting of a poem written by Faroese poet H. A. Djurhuus (1883-1951). The words depict the relationship between the Faroese people and the waters that surround it – as a source of both sorrow and joy, of dangers and heroic journeys, motivating as many drinking songs as funeral psalms. It tells of a sea that sings to its people, and this is one attempt at picturing what such a song could sound like.
“Havið sang“ (“O mar cantou“) é uma adaptação musical de um poema do poeta faroês H. A. Djurhuus (1883-1951). O texto retrata a relação entre o povo das Ilhas Faroe e as águas que o cercam — como fonte de tristezas e de alegrias, de perigos e de jornadas heroicas, motivando tanto canções báquicas quanto salmos fúnebres. O poema conta de um mar que canta para o seu povo, e esta é uma tentativa de traduzir esse canto escrito em música.
Image credits
Lithograph: Marius Olsen ()
Music video conception, direction and cast: Andras Atlason (@andrasatlason), Natália Rodrigues (@yelyahnatalia)
Video edition: Andras Atlason (@andrasatlason)
Old Faroese footage: Gunnar Gunnarsson, James and Alf Cordiner, gentle courtesy of Heri Simonsen ()
Subtitling, Faroese-Portuguese translation & revision: Andras Atlason, Atli Ellendersen
Raw Faroese chain dance footage: CaptainOates () under a Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0) Creative Commons license (). Changes were made to the original footage.
Scan of the lithographic print: Sala de Digitalizações e Digital Humanities Universidade Federal do Paraná (courtesy of Paulo Astor Soethe)
Music credits
Poem “Havið sang“ written by H. A. Djurhuus (1883-1951)
Music composition, production and mixing: Andras Atlason (@andrasatlason)
Mastering: André Prodóssimo (@andreprodossimooficial, @villasonorapro)
Bass, keys and vocals: Andras Atlason (@andrasatlason)
Guitars: Tatsuro Murakami (@tatsumurakami)
Drums: Flávio Coimbra (@flavioccoimbra)
Violin: Bettina Jucksch (@bettinajucksch)
Flutes: Dumindu Dassanayaka ()
“Havið sang“ excerpt
Havið sang um Føroyar í túsund, túsund ár –
brúðarsong og líksálm, sang um gleðibros og tár.
Ljóðið barst um skorarnar og fleyg um tindar hátt.
Havið sang um Føroyar ta longu heystarnátt.
(...)
Havið sang um Føroyar sítt eyma mjúka lag -
bivandi og higstrandi - og kvirr vit hoyrdu tað,
sótu still á sandinum og vistu neyvan av,
At vit bóru ástartrá til Føroya fría hav.
Havið sang um Føroyar, og havið syngur enn,
brýtur inn um skerstokk millum vásaklæddar menn.
Fýkur fon um tindarnar og hvirlast hvítt um drang;
syngur hav um Føroyar, sum havið altíð sang.
Syng nú, hav um Føroyar, syng fagran song í kvøld,
syng um stríð og váðaferð og tak so tíni gjøld.
Fostraðir av brotinum og berginum í senn
líta vit í ódnina, vit havsins royndu menn.
Hoyrt vit hava havsins dun frá fyrstu vøggustund;
og til tess vit berast út í deyðans langa blund,
lýða vit á íðubrot og sjóvarfalsins drátt;
eiga vit í barminum tí havsins megnarmátt.
“O mar cantou“ (tradução para o português: Andras Atlason/Atli Ellendersen)
O mar cantou sobre as Ilhas Feroe por milhares, milhares de anos –
leito de núpcias e salmo fúnebre, cantou de sorrisos e de lágrimas.
O som foi levado aos penhascos e voou pelos altos cumes.
O mar cantou sobre as Ilhas na longa noite de outono.
(...)
O mar cantou sobre as Ilhas a sua doce, terna melodia –
trêmulos, soluçantes – e pacientes nós a ouvíamos,
sentávamos plácidos na areia e mal sabíamos
que ansiávamos pelo livre mar feroico.
O mar cantou sobre as Ilhas, e o mar ainda canta,
rompe a amurada entre homens de uniforme.
O respingo se agita nos picos e risca brancos os rochedos;
canta o mar sobre as Ilhas, como sempre o mar cantou.
Ó mar, cante agora sobre as Ilhas, cante uma bela canção nesta noite,
cante de lutas e venturosas jornadas e tome assim sua recompensa.
Forjados tanto por grandes ondas como por escarpas,
contemplamos a tempestade, nós, homens calejados do mar.
Desde o berço ouvimos o rugido dos mares;
e para tal somos levados ao longo sono da morte,
escutamos a borrasca e o puxar da correnteza;
daí guardamos no peito a pujança do mar.
© TUTL Records 2022